Pesquisa francesa comprometida com a transição ecológica e o desenvolvimento sustentável

Conforme destacado neste anúncio pelo Ministério francês responsável pela pesquisa, "os organismos nacionais de pesquisa e as instituições de ensino superior e pesquisa estão na linha de frente" para alcançar a neutralidade de carbono da França até 2050, "respeitando principalmente o Acordo de Paris sobre o clima, o acordo de Kunming-Montréal sobre biodiversidade e em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU".

Um compromisso duplo

É dentro de um grande "Plano Clima e Biodiversidade", um plano destinado a "acompanhar cada ator nesta transição para atender às expectativas de nossos cidadãos", que se insere a abordagem do Ministério da Pesquisa. Este plano prevê, de fato, que os organismos franceses de pesquisa "trabalhem juntos para identificar as alavancas e estabelecer as condições para o sucesso da transição ecológica em suas instituições".

Sob uma dupla abordagem, atividades de pesquisa e mudanças em seu funcionamento, os signatários se comprometeram a enfrentar os desafios da transição ecológica para um desenvolvimento sustentável. Cada organismo de pesquisa, estima o ministério, deve "contribuir com sua parte para os esforços coletivos para alcançar os objetivos ambiciosos que nosso país estabelece em termos de redução das pegadas de carbono, energéticas e ambientais", implementando primeiro seu próprio plano diretor de desenvolvimento sustentável e responsabilidade social e ambiental. Paralelamente a esses planos diretores que os organismos adotarão, os programas de pesquisa que iniciam também devem contribuir "para a exploração e desenvolvimento de soluções para o sucesso da transição ecológica".

Sete compromissos emblemáticos

Os 16 signatários deste apelo, representando os mais prestigiosos centros de pesquisa franceses, optaram por aplicar dentro de suas organizações sete compromissos emblemáticos:

• Programar e implementar uma estratégia de pesquisa que leve em consideração todos os seus impactos sociais e ambientais;
• Apoiar a produção e difusão de conhecimentos e inovações que tragam soluções, em consonância com os desafios sociais;
• Elaborar e promover uma política de responsabilidade social de sua organização;
• Gerenciar a transformação de sua organização mobilizando todos os seus coletivos de trabalho;
• Ser exemplar na aplicação dos objetivos de planejamento ecológico do Estado por sua instituição;
• Compartilhar anualmente os avanços e ações de transição implementadas em sua instituição;
• Desenvolver parcerias internacionais e trabalhos interdisciplinares sobre questões de sustentabilidade.

Os 16 signatários deste plano, que representam todos os eixos da excelência da pesquisa francesa, são:

1. Agência Nacional de Pesquisa (ANR);
2. Escritório de Pesquisa Geológica e Mineral (BRGM);
3. Comissariado de Energia Atômica (CEA);
4. Centro Internacional de Cooperação em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (CIRAD);
5. Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES);
6. Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS);
7. Instituto Francês de Pesquisa para a Exploração do Mar (IFREMER);
8. Instituto de Altos Estudos em Ciência e Tecnologia (IHEST);
9. Instituto Nacional de Estudos Demográficos (INED);
10. Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola, Alimentação e Meio Ambiente (INRAE);
11. Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automação (INRIA);
12. Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM);
13. Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD);
14. Instituto de Radioproteção e Segurança Nuclear (IRSN);
15. Museu Nacional de História Natural (MNHN);
16. Grupo Universciences (Cité des sciences et de l'industrie e Palais de la découverte).