Falta uma semana para as Olimpíadas de Paris: esporte e cultura!

Muitas exposições temporárias, como destaca o Ministério da Cultura, "exploram o fenômeno esportivo em todas as suas facetas". Seja em Paris ou em outras regiões, todos os esportes, especialmente os relacionados aos Jogos Olímpicos (mas não apenas), estão assim sob os holofotes da atualidade. É a "temporada olímpica" que já se instala nas paredes dos maiores museus franceses!

História e retrospectiva

É o caso, em primeiro lugar, da exposição intitulada "Olimpismo, uma história do mundo", em exibição até 8 de setembro no Palais de la Porte Dorée, que traça a história dos Jogos Olímpicos modernos desde 1896. As grandes etapas das 33 olimpíadas contemporâneas são ilustradas por "objetos emblemáticos, pôsteres, medalhas e equipamentos esportivos", para se imergir "em um século de olimpíadas e lutas sociais e políticas que marcaram os Jogos e sua época". O percurso do visitante pode assim seguir os feitos dos maiores atletas olímpicos em paralelo aos eventos marcantes que fizeram a história deste evento esportivo e a história em geral. Esta exposição original combina teatro, dança, cinema, oficinas e encontros, mas é o esporte que "permanece no centro das atenções".

Da mesma forma, no Museu do Louvre, outra exposição, intitulada "O Olimpismo, uma invenção moderna, um legado antigo", até 16 de setembro, propõe descobrir a gênese dos Jogos modernos e como eles buscam suas origens na história antiga e como se distanciaram delas. Para esta terceira organização dos Jogos Olímpicos em Paris em 2024, o Museu do Louvre explica sua abordagem: propor ao público "descobrir a criação dos primeiros Jogos Olímpicos e suas fontes iconográficas no final do século XIX, compreender o contexto político e entender como seus organizadores quiseram reinventar as competições da Grécia antiga". Vale notar que a Escola Francesa de Atenas, o primeiro instituto francês estabelecido na Grécia, é parceira do Louvre na montagem desta exposição.

Ainda sobre história, há a exposição "Cem anos de Jogos Olímpicos na França", realizada pelos Arquivos Nacionais, aberta até 27 de setembro, que revisita as diferentes Olimpíadas organizadas na França. Esta exposição, que pode ser vista no Domaine National du Palais-Royal e itinerante por diferentes cidades da Île-de-France, traça mais de um século de acolhimento dos Jogos Olímpicos. O objetivo desta exposição é destacar as cinco edições dos Jogos na França: Paris em 1900 e 1924, Chamonix em 1924, Grenoble em 1968 e Albertville-Tignes em 1992. Vários momentos importantes estão previstos, com "documentos iconográficos acompanhados de maquetes da vila dos atletas e objetos pertencentes a campeões de ontem e de hoje".

Moda, design e esporte

Além das retrospectivas históricas, outros temas relacionados ao esporte, mais originais, também são explorados. É o caso da exposição "A moda em movimento #2", instalada até 5 de janeiro de 2025 no Palais Galliera, o museu da moda da cidade de Paris. Esta exposição optou por traçar, através das ricas coleções do museu, "uma história da moda do século XVIII até os dias de hoje", desenvolvendo mais particularmente "a temática transversal do corpo em movimento". Esta montagem (que é a segunda do gênero) permite, como escreve o museu, "compreender o lugar da roupa na prática de atividades físicas e esportivas até as consequências sociais de sua evolução". A roupa concebida para o esporte (equitacão, tênis, golfe, bicicleta, etc.) é colocada em diálogo com o vestuário urbano, enquanto um foco é dedicado à moda balneária, "revelando peças raramente mostradas ao público".

A mesma abordagem original pode ser vista no Museu de Luxemburgo (nos Jardins de Luxemburgo, em Paris), que recebe até 11 de agosto a exposição "Match - Design & esporte, uma história voltada para o futuro". Segundo os organizadores, "esporte e design dialogam desde sempre e se nutrem mutuamente". De fato, o design "desempenha um papel decisivo na história do esporte e aumenta as capacidades atléticas". A exposição apresentada aborda "o papel do design nos avanços do esporte, os vínculos que se formaram entre esses dois campos, bem como as perspectivas de evolução". Uma maneira de explorar como "o mundo do esporte continua a inspirar os grandes designers e vice-versa, em setores como o automotivo ou o prêt-à-porter".

Itinerância e inclusividade

Embora a maioria dessas exposições aconteça em Paris, as regiões não ficam de fora com o ciclo de exposições organizadas em toda a França pelos Frac (Fonds Régionaux d'Art Contemporain). Intitulado "Arte & Esporte", esse dispositivo original que coloca os Frac "na hora olímpica" é concebido pela Reunião dos Museus Nacionais para "iluminar de forma diferente a arte contemporânea". Esse ciclo de exposições começou em 6 de abril passado na cidade de Nevers (região Bourgogne-Franche-Comté), onde a primeira das treze exposições do dispositivo "fez dialogar peças das coleções dos Fonds Régionaux d'Art Contemporain com as infraestruturas esportivas que as acolhem". Como destaca o idealizador desse ciclo de exposições, "às treze regiões de implantação dos Frac correspondem treze práticas esportivas: dança, esporte automotivo, caminhada, equitação, etc., mas também treze contextos diferentes". As exposições, que constituem assim uma "verdadeira ode à diversidade", situam-se tanto em Paris quanto em Sin-le-Noble (região de Hauts-de-France), passando por Grenoble, Le Mans, Marselha, Mulhouse, Nevers, Nîmes, Pau, Saint-Brieuc, Saint-Lô, Sartène (Córsega) e Tours.

A mais original e inclusiva, por fim, é sem dúvida a exposição organizada no Panthéon, que celebra um tema muito pouco explorado, o do paralimpismo. Intitulada "Histórias Paralímpicas. Da integração esportiva à inclusão social (1948-2024)", esta exposição, aberta até 29 de setembro, "ilumina a história dessa luta pela emancipação e igualdade". Como explicam os conservadores do Panthéon, os Jogos Paralímpicos, surgidos na metade do século XIX, "conheceram um importante crescimento e transformaram nossa percepção das pessoas com deficiência". Assim, a exposição aborda "aqueles que, por seu papel no movimento paralímpico, souberam escrever uma história baseada no orgulho da diferença e na reivindicação de uma sociedade mais inclusiva". A exposição faz eco "aos grandes homens e mulheres que descansam no Panthéon e mereceram o reconhecimento da pátria por seu engajamento cidadão ou defesa dos valores republicanos, em particular Louis Braille, inventor da escrita tátil". São também apresentadas arquivos, pôsteres, fotografias, materiais esportivos, objetos e documentos audiovisuais, que evidenciam tanto "o processo de integração progressiva de atletas com uma diversidade de deficiências" quanto "a mudança dos discursos, imagens e materiais associados às práticas competitivas".