
Grandes escolas e inserção profissional: publicação da pesquisa anual da CGE
A edição de 2023 da pesquisa de inserção da CGE (Conferência das Grandes Escolas) destinada a medir a empregabilidade dos recém graduados das grandes escolas, acaba de ser publicada. A pesquisa, de acordo com a CGE, "confirma a real capacidade de recuperação das escolas", uma recuperação já observada no ano passado após a crise sanitária. Primeira lição desta pesquisa: a taxa líquida de emprego de todos os graduados atinge 90,5% e se mantém acima dos níveis anteriores à crise sanitária de 2021.
Lançada entre janeiro e março de 2023 por 194 Grandes Escolas membros da Conferência das Grandes Escolas (CGE), esta 31ª pesquisa sobre a inserção dos graduados dessas escolas foi realizada durante o primeiro trimestre, com cada escola participante garantindo a coleta de dados para sua instituição, com o apoio da Escola Nacional de Estatística e Análise da Informação (ENSAI).
A pesquisa iniciada pela CGE está preocupada com a valorização no mercado de trabalho das formações oferecidas pelas grandes escolas francesas através da inserção dos graduados. O objetivo é medir a empregabilidade dos graduados ao deixarem a escola, nos meses seguintes à formatura. O escopo da pesquisa abrange todos os graduados das três últimas turmas de nível master.
Um excelente índice de inserção profissional
Nada menos que 100.557 questionários foram analisados. Segundo a CGE, trata-se de uma "ampla mobilização que, devido à amplitude da amostra analisada, oferece resultados de alta confiabilidade".
Desses resultados, destaca-se, em primeiro lugar, um excelente índice de inserção profissional dos graduados da turma de 2022. Os números são, de fato, expressivos:
- alta taxa líquida de empregabilidade: essa é de 90,5%, um aumento de +0,7 ponto em relação à pesquisa anterior. Apenas 8,3% dos estudantes estão procurando emprego;
- contratação rápida após a graduação: mais de oito em cada dez graduados empregados (86,6%) foram contratados em menos de dois meses após o término de seus estudos. A CGE até observa que, para alguns deles, o contrato de trabalho foi assinado antes mesmo de obterem o diploma;
- uniformidade no recrutamento: o recrutamento é de fato rápido para todos os tipos de escola e igualmente para mulheres e homens (mesmo havendo disparidades salariais em alguns casos);
- boas condições de trabalho: as condições de contratação são muito boas, a maioria dos empregos sendo de contrato de duração indeterminada (CDI), em posição de gestão e com salário alto;
- alto índice de satisfação: os graduados declaram-se muito satisfeitos (87,9%) com seu emprego.
Engenheiros em destaque
Em detalhe, ao analisar mais minuciosamente os indicadores, observa-se que, enquanto a taxa líquida de emprego para todos os graduados, já alta no último ano, se mantém acima dos níveis anteriores à crise de 2021 (90,5%), há algumas variações de acordo com os tipos de escola.
De fato, destaca a CGE, apenas os engenheiros veem sua taxa líquida de emprego aumentar significativamente, em +2 pontos em um ano, alcançando 93,1%. Para os graduados de escolas de outras especialidades, a taxa permanece estável (86,0%, +0,1 ponto) e, para os gestores, apresenta um leve declínio (87,7%, -0,9 ponto).
Quanto às condições de recrutamento, a melhoria observada no último ano continua. O recrutamento é realmente rápido após a obtenção do diploma para todos os tipos de escola: mais de oito em cada dez graduados empregados foram contratados em menos de dois meses. Além disso, a proporção de empregos de duração indeterminada continua a crescer (+3,7 pontos). Ela é de 88,1% para os gestores (+3,1 pontos), um pouco menor para os engenheiros (87,1%, +4,4 pontos), mas, como destaca a CGE, "é muito mais baixa para os graduados de escolas de outras especialidades", como usualmente observado (65,2%, +1,2 ponto). A proporção de empregos em posições de gestão se mantém em um nível alto (87,4%, +1,3 ponto) e ultrapassa 90% entre os engenheiros.
Foco na mobilidade
A pesquisa da CGE dedica uma atenção especial aos estudantes internacionais, indicando que, entre os formandos de 2022 que responderam à pesquisa, 12,8% são de nacionalidade estrangeira. Precisamente, 13,8% deles são cidadãos da União Europeia e 86,2% de outras nacionalidades.
No ranking geral, considerando todas as nacionalidades (UE e fora da UE), a nacionalidade marroquina é a mais representada (28,4%), seguida pela nacionalidade chinesa (12,1%). Seguem-se:
- Itália (5,6%),
- Camarões (4,9%),
- Índia (4,5%),
- Tunísia (4,4%),
- Brasil e Senegal (3,1%),
- Argélia e Costa do Marfim (2,5%),
- Líbano, Alemanha e Espanha (2,4%).
Por outro lado, no que se refere à mobilidade para o exterior, a pesquisa mostra que 1 em cada 9 graduados de nacionalidade francesa (11,1%) trabalha no exterior. Porém, de acordo com a CGE, "a proporção de empregos no exterior está ligeiramente reduzida", com a queda mais acentuada sendo para os gestores (14,1%). No entanto, conforme observado pela Conferência, junto com os graduados de outras especialidades, eles estão mais inclinados a trabalhar no exterior do que os engenheiros. Independentemente da área de atuação, a maioria deles (44,6%) escolheu a Europa para trabalhar, embora a China atraia 6,3% dos expatriados.
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