Pesquisa revela perfil e inserção profissional dos doutores na França

Público geral

O ministério responsável pelo ensino superior e pela pesquisa publica uma Note Flash sobre a inserção profissional dos doutores diplomados em 2020. Segundo este estudo estatístico, a inserção profissional dos doutores de nacionalidade francesa, três anos após a defesa da tese, é muito próxima da dos doutores de nacionalidade estrangeira (94% contra 92%). Esses doutores internacionais formados na França em 2020 e empregados em 2023, são 57% a trabalhar na França e a ocupar um cargo de nível executivo.

As Notes Flash, publicadas regularmente pelo ministério responsável pelo ensino superior, fornecem um foco sobre os principais indicadores divulgados pelo Serviço Estatístico Ministerial, apresentando o essencial das primeiras análises dos dados. A Nota sobre “a inserção profissional três anos após a obtenção do título de doutor, para diplomados em 2020” se insere nesse tipo de análise rápida sobre um ponto específico, comparando aqui os resultados com os de 2021. Essa nova Note Flash apresenta os resultados da inserção profissional, três anos após a formatura, por disciplina, sexo e nacionalidade. Ela se baseia em uma pesquisa realizada de abril de 2024 a janeiro de 2025 em cerca de uma centena de instituições que concedem doutorados. Mais de 10.000 doutores formados na França, de todas as nacionalidades e idades, participaram da pesquisa e foram questionados sobre sua situação profissional três anos após a obtenção do diploma.

 

Um emprego estável e satisfatório na pesquisa

Primeira constatação geral da pesquisa: três anos após a defesa, 94% dos doutores formados em 2020 estão empregados, ou seja, 5 pontos percentuais a mais que um ano após a defesa. Uma vez inseridos, observa o ministério, 76% deles ocupam um emprego estável, 94% têm um cargo de nível executivo e 95% trabalham em tempo integral. A estabilidade no emprego está, portanto, em forte alta em relação à situação em 2021 (+27 pontos), mas varia segundo a disciplina:

  • Em Ciências da Vida, apenas 64% dos doutores ocupam um emprego estável;
  • Por outro lado, 80% dos doutores em Ciências Exatas e Aplicadas e 83% dos doutores em Ciências Sociais têm um emprego estável.

 

Que tipo de emprego eles ocupam? Três anos após a formatura, destaca a Nota, 74% dos doutores de 2020 empregados trabalham na pesquisa, seja ela pública ou privada. O setor acadêmico é, assim, “o principal empregador” dos doutores de 2020 (48% contra 55% no ano anterior), enquanto o setor de pesquisa privada emprega 26% deles. Por fim, pouco mais de um quarto dos doutores (26%) trabalha fora do setor de pesquisa (setor público fora do acadêmico e setor privado fora da pesquisa).

Vale notar ainda que 85% dos doutores empregados afirmam estar satisfeitos com sua situação profissional, sendo o nível de satisfação mais elevado em Ciências Exatas e Aplicadas (88%) e Ciências da Vida (85%).

 

Boa inserção profissional dos doutores estrangeiros no setor privado

Outro dado: entre todos os doutores formados em 2020, a taxa de inserção profissional dos franceses três anos após a formatura é praticamente a mesma que a dos estrangeiros (94% contra 92%).

Em 2020, 43% dos doutores formados na França eram estrangeiros e, segundo a Nota, 57% deles, que estavam empregados três anos após o diploma, trabalhavam na França. A proporção de cargos de nível executivo entre doutores estrangeiros formados em 2020 e empregados na França é praticamente igual (94%) à dos franceses (95%). No entanto, segundo o ministério, os doutores estrangeiros ocupam menos frequentemente empregos estáveis (80%) do que os franceses (84%), especialmente no setor acadêmico.

Mais detalhadamente, 54% dos empregos ocupados na França por doutores estrangeiros formados em 2020 estão no setor privado, contra 40% para os franceses. Três anos após a formatura, 35% dos doutores estrangeiros empregados na França trabalham no setor de pesquisa privada, 9 pontos percentuais a mais que os franceses. Por outro lado, a proporção de estrangeiros trabalhando na França no setor acadêmico é menor que a dos franceses.

 

Desigualdades entre mulheres e homens

“Mais da metade dos doutorados são concedidos a homens e suas condições de emprego são melhores do que as das mulheres”. É outra constatação, recorrente, apontada pela Note Flash do ministério, que chega a falar de “fortes desigualdades entre mulheres e homens”.

Em 2020, mais da metade dos doutorados (57%) foi concedida a homens. Mas, três anos após a formatura, as condições de emprego dos homens são melhores: eles têm mais acesso a empregos estáveis (78%) que as mulheres (74%), ocupam mais frequentemente cargos de nível executivo e de tempo integral, e estão mais presentes no setor privado (43% contra 36%). Em particular, 30% trabalham no setor de P&D privada (contra 21% das mulheres). Por outro lado, as mulheres são mais presentes que os homens no setor público fora do acadêmico.

 

Um ponto sobre os doutores formados em 2024: leve aumento nas cotutelas internacionais

Na mesma série de estudos, outra Note Flash do ministério informa que, em 2024, o número de doutores formados caiu 3%, após um aumento de 9,6% em 2023 devido a um efeito de recuperação pós-pandemia.

Outros números são mais animadores: a proporção de teses defendidas em menos de 40 meses aumentou 4 pontos percentuais e o número de novos inscritos no doutorado no ano letivo 2024-2025 subiu 3,2% em relação ao anterior. Da mesma forma, em 2024-2025, o percentual de doutorandos de primeiro ano com financiamento chegou a 81%.

Embora as cotutelas internacionais representem uma pequena parcela dos doutorandos (6%), o número de alunos em cotutela no primeiro ano aumentou 1,9%, com destaque para as parcerias com pesquisadores dos continentes europeu (+5,1%) e africano (+10,2%).

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Publicado em 11/08/2025 à 17:36*
Atualizado em 11/08/2025 à 18:31*
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